terça-feira, maio 30, 2006

José Martí

Li José Marti. Lindo, emocionante. Agora entendo o que o Fidel Castro viu nele. Pena que el comandante não soube entendê-lo direito.
Um sonhador, um poeta, um político engajado, um homem terno. Muitos são os adjetivos para descrevê-lo, mas o Libertador de Cuba não se encaixa simplesmente em adjetivos. Ele é mais. É um desses lumiares do pensamento que vez por outra nos brinda com sua genialidade. Nos podemos sentir o perfume de seu pensamento libertário até hoje nestas pessoas que insistem em lutar por uma América Latina livre e una.
Não falo deste populismo barato que tem pipocado por nossa América. Não falo de Chaves, Lulas, Morales e quem mais for.
Falo deste povo que todo dia sofre, chora, luta e traz no corpo e na alma as marcas indeléveis de quinhentos anos de escravidão.
Quisera eu que outros Josés Martí aparecessem e nos dessem a luz de seus pensamentos.

Ahora vamonos a el poeta.


Versos sencillos

Si ves un monte de espumas,
Es mi verso lo que ves:
Mi verso es un monte,
y es Un abanico de plumas.
Mi verso es como un puñal
Que por el puño echa flor:
Mi verso es un surtidor
Que da un agua de coral.
Mi verso es de un verde claro
Y de un carmín encendido:
Mi verso es un ciervo herido
Que busca en el monte amparo.
Mi verso al valiente agrada:
Mi verso, breve y sincero,
Es del vigor de acero
Con que se funde la espada.
Ideario
En América hay dos pueblos, y no más que dos, de alma muy diversa por los orígenes, antecedentes y costumbres, y sólo semejantes en la identidad fundamental humana. (MARTÍ: VIII, 35)