domingo, junho 26, 2011

Pensamentos

"Resiliência: tal qual Anteu fortaleço-me cada vez que sou jogado ao chão. Não é quando caio que me torno fraco, mas quando me tiram da terra. Minha força vem de baixo e quando pareço mais faro estou apenas me fortalecendo."

sexta-feira, junho 17, 2011

Códigos do Amor

“Sabe o que você é?”

“humm?”

“Uma pateta!”

Quem os escutava podia achar que não havia romance entre eles, que a relação estava descambando para uma separação.

“Ah, é! E Sabe o que você é?”

“O que?”

“O chulé do meu pé!”

Realmente, aos olhos leigos, não havia esperança apara aqueles dois. Mas ninguém sabia, só eles, como era seu linguajar amoroso. Não se tratavam por nomes bonitinhos, ou apelidos carinhosos. Mas isso não significava que não se amavam. Apenas que não eram convencionais nesse sentido e quando ele a chamava de “pata pateta”, estava querendo dizer “meu amorzinho” e ela ao chamar-lhe “patetudo” dizia na verdade “meu querido”.



“Muito boa a noite.”

“Realmente, surrealista...”

“Mas encantador”, disse ele rindo.

“Você ainda lembra?”

“Claro. E tinha aquele: uma beijoca...”

“Mc mix de paçoca” foi a vez dela rir.

“Mas tinha outros, que eu não consigo lembrar.”

“Nem eu. Deve ser a idade, ou o tempo e a distância”.

“Quem entendia?”

“Ninguém, só nós dois e, para mim, isso basta.”



“Ei, olha aqui.”

“Não, não quero falar com você.”

“Mas foi sem querer, eu...”

“Não me interessa”

“Fala comigo. Eu quero pedir desculpa.”

“E eu não quero ouvir suas desculpas mais uma vez”

“Mas eu trouxe um presente.”

“Que merda de presente nada. Não quero saber de nada seu.”

“Mas é pirulito de laranja”

“Só um?”

“Não, um pacote.”

E naquela noite ela nem se importou com as olhadas dele para o requebrado das odaliscas...

sexta-feira, junho 03, 2011

Poesia do filho dormindo

Dorme tranquilo esta noite

Que o frio não te incomodará

Teu pai está ao seu lado

Para a teu sono vigiar.


Dorme sorrindo menino

Que logo a manhã chegará

Novas brincadeiras te esperam

No dia que virá.


Quem sabe não valha a pena

Não quero te acordar

Não cresça muito depressa

Deixa eu, mais um pouco, te ninar.


Acorda sorrindo gurizinho

A manhã está a te esperar

Querendo ver tua meninice

Que, queira Deus, demore para passar.