terça-feira, outubro 31, 2006

Distraída

Ai que quase morro, senhora
Ao te ver passar assim
Andavas tão distraída
Que quase tropeças em mim.

Terá sido uma ilusão?
Um sonho bom talvez?
No compasso do meu coração
Batia o teu outra vez.

Oh, ditosa ventura
Poder assim te reencontrar
Este anjo de candura
Por quem fui me apaixonar

E a alegria incontida
O sorriso em teu olhar
Trouxeram novo calor a vida
De quem só fez te amar.

sábado, outubro 28, 2006

O Oleoso Guerreiro e o Dragão do Capitalismo.

Parte I


Quem observa de longe acha que o calçadão da rua Quinze, a rua das flores, é um imenso formigueiro humano. Com os meninos e meninas que distribuem panfletos, os pedintes, os vendedores de bilhetes de loteria e toda aquela massa de gente que passa por ali todos os dias. No meio desta multidão alguém se destaca: nosso herói Oil Man.
Incólume no meio da turba ele passeia com sua inseparável bicicleta, sua indefectível sunga e velho tênis. Além do corpo sempre coberto com óleo de urucum e o cabelo preso num rabo de cavalo a la Heloisa Helena. Sua missão é defender Curitiba das hordas dos servidores do mal. Em sua última aventura ele quase morreu, mas depois de algumas semanas no Hawaii ele estava de volta a nossa dileta cidade, pronto para novas empreitadas (ou presepadas).
Como sempre seu patrulhamento começara cedo aquele dia. Andando com sua bicicleta pelas ruas da cidade a procura de alguém a quem ele pudesse ajudar. Foi que, quando ele passava pela Riachuelo, ouviu um grito de mulher pedindo ajuda. “Não temais gentil senhora, estou a caminho!” disse nosso amigo indo ao seu auxílio. Chegando ao local ele encontrou a jovem senhora caída no chão, com as roupas descompostas e as mãos no rosto cobrindo as lágrimas. E que mãos ela tinha: quase duas vezes maiores que a do nosso amado herói. Oil Man deixou sua bicicleta encostada na porta de uma lojinha e foi ajudar a pobre moça a se levantar. Foi quando ele ouviu uma voz grave que dizia: “Perdeu mano!”; a moçoila se levantou e com a velocidade de um guepardo atacou nosso destemido companheiro com suas mãos, e que mãos!, embebidas num composto de óleo de baleia com comigo-ninguém-pode (a kriptonita do nosso herói). Um golpe foi suficiente para nocautear nosso amigo.
Quando ele recuperou a consciência, havia a sua volta quase uma centena de populares, dois guardas municipais e alguns camelôs vendendo fotos suas autografadas. Nosso herói levantou-se e foi a procura de sua inseparável bicicleta, mas ela não estava mais lá. Algumas testemunhas disseram que a moça (?) que o derrubara saiu pedalando a bicicleta e ninguém soube dizer para onde. Desta maneira uma parceria de mais de quinze anos foi desfeita. Resignado com seu destino como só os grandes heróis sabem ser, ele agradeceu aos que lhe ajudaram e prosseguiu impávido, e á pé, sua jornada de patrulhar as ruas de nossa querida cidade.
Uma semana se passou e nosso amigo Oil Man continua sua missão andando pelas ruas de Curitiba. Bem a verdade ele se sentia nu sem a sua bicicleta, mas não podia desistir. As pessoas precisavam dele. Foi quando, enquanto ele andava pela rua Quinze, apareceu um senhor de alta classe com dinheiro na mão. E ele disse que tinha uma proposta, uma proposta indecorosa para Oil Man. Foram até um bar da boca maldita para tomar um chopp e o jovem senhor disse: “Seguinte, meu querido: eu represento uma grande empresa multinacional e nós trabalhamos com material esportivo, e como você é um esportista também, queremos te patrocinar. Nós te daremos uma bicicleta nova, uma sunga com a marca da empresa e um tênis também com a nossa marca e tudo o que você tem que fazer é andar pela cidade, como você sempre fez, e divulgar a nossa marca.” A princípio Oil Man não quis aceitar, mas ele precisava desta ajuda para continuar sua jornada. Relutante ele aceitou e combinou que iniciaria no outro dia
A noite, na sede da empresa, os executivos exultavam. Tinham conseguido trazer para seu lado um super-herói e este era o passo final para a dominação do mundo. Com o Oil Man em suas mãos nada poderia detê-los. Melhor: eles agora tinham um aliado em sua luta para derrubar todos os governos que não fossem seus aliados e divulgar seu ideal de vida.
No outro dia pela manhã lá estava nosso amado herói andando pelas ruas da cidade numa bicicleta nova com as marcas da empresa...
E agora, será que conseguirão enganar nosso herói para sempre? O que acontecerá com a humanidade? E se for verdade? E será que vou conseguir terminar minha monografia agora que voltei a escrever sobre o Oil Man? Esperemos pelo pior...

sexta-feira, outubro 27, 2006

Tu

Tu és tão bela mina senhora
Com teus cabelos negros
E teu sorriso de aurora

Tu és tão menina
Com teu olhar profundo;
Tua conversa que fascina

Tu és tão delicada
Suas mãos macias;
Teu perfume de madrugada.

Tu és tão amável
Tua alegria contagiante;
Teu jeito inexplicável.

Tu és tão...
Mas não és minha!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Poesia

O amor é a bela flor
Que cresce na encosta do precipício
Só quem tem coragem e ardor
Conseguirá alcançar seus auspícios.

Queria entregar-me a tal paixão
Mas seus olhos são sumidouros
Para chegar a teu coração
Terei que entregar meus tesouros

Tal empreitada vale a pena
Se de ti tivesse resposta
Diga-me minha querida falena:
És de mim que tu gostas?

quinta-feira, outubro 12, 2006

Como as coisas mudam

Slogan do Lula: O certo contra o duvidoso. Só falta agora o Alckmim dizer: o a esperança contra o medo! tststst

Mas eu voto no Lula e o motivo é porque, apesar da desilusão de minha parte, ele fez um bom governo para os mais pobres (e para os mais ricos também. Só ferrou com a classe média). E mais questões que eu escrevo num outro post.


No mais a campanha sempre me diverte. Mas se a dupla Osmar e Geraldo ganharem eu me exilarei.


No estado do Paraná Temos o olho no olho dos candidatos e que faz me lembrar a música do Chico Buarque

"Olhos nos Olhos", que fala da separação de um casal. Parece ser bem o caso.

Olhos nos Olhos
Chico Buarque


Requião para Osmar quando este resolveu sair candidato

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Requião falando da sua campanha que esta indo, não bem demais, mas indo

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

Osmar falando para Requião sobre sua aliança com Rubens Bueno, Cássio, Lerner entre outros

E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

O ganhador para o perdedor, dizendo que não importa quem ganhe eles vão ser amiguinhos

Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz