quinta-feira, dezembro 14, 2006

Amar-te

Amar-te é ferir-me;
É cravar uma adaga
No peito;
É ver meu grande sonho
Desfeito;
Sangramento que não se
Pode estancar.

É a dor
De uma sede que não
Sacia;
Um mal, uma doença
Que vicia;
È morrer sem
Expirar.

É mal-querer a mim
Mesmo;
É vagar, fugir, andar
A esmo
Procurando ao invés de
Conforto
Um novo
Penar.

É chorar todo dia
Vivendo sempre a mesma
Agonia
De não querer
Nada mais a não ser
Te amar.

1 comentários:

Anônimo disse...

O melhor de todos!!! (Talvez porque eu ande numa fase meio Werther...)

Muito bonito. Quero ver este num livro um dia.